segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

The Nanny!

Essa foi a minha primeira semana como babá... pois é! Para sobreviver nessa terra, tive que começar a trabalhar como babá.

De quem eu estou cuidando? Da Laïs, uma menininha linda, meio brasileira, meio francesa, meio espanhola... haja nacionalidade!! Ela é filha do Beto e da Virginie... eu já falei deles aqui no blog, na festa de São João.

O primeiro dia foi meio complicado, a Virginie estava comigo me ensinando os truques e as manhas da Laïs. Mas com a mãe lá, ela chorou o tempo todo, parecia que estávamos judiando dela... ela via a mãe dela ali, falando com ela, mas quem estava com ela no colo era eu... tadinha, acho que ela não entendia nada.

O segundo dia foi mais tranqüilo, só estávamos nós duas. Qdo ela acordou, eu fui falar com ela, dei bom dia, ela me olhou e sorriu... que fofa! Nesse dia, ela chorou na hora de mamar e na hora de trocar de roupa, mas o resto do dia foi tranqüilo... até chegar a hora da segunda mamadeira e a mamãe dela ainda não tinha chegado para dar direto do peito... não teve Cristo que fizesse ela se acalmar!!! Tentei de tudo, mas não deu. Quando a mãe chegou, deu até pena, ela ficou toda assustada (não sei bem se essa é a palavra correta para a situação, mas vai essa mesmo) ao ver o quanto a pequena chorava.

Do terceiro dia em diante, eu já peguei a manha... quando ela estava pra acordar, eu já ia preparar a mamadeira, aí ela acordava, brincava e qdo começava a reclamar de fome, eu ia e pegava a mamadeira que já estava pronta... depois trocávamos a fralda, a roupa e se ela não estivesse chorando, brincávamos mais, e se estava, como geralmente estava, descíamos para passear no parque que tem ao lado da casa deles. Voltávamos pra casa, ela dormia uma ou duas horas e enquanto isso, eu fazia o artigo que eu tinha que entregar esse domingo. Quando ela acordava de novo, morta de fome... eu aprendi que se descíamos pra passear, ela parava de chorar, aí eu ia pro hall do prédio esperar a mãe chegar, e ela tranquilinha... se bem que um dia desses, tava ventando mto e realmente era pior ficar com ela naquele vento, que ficar com ela chorando em casa... e pra minha surpresa, chegando em casa ela não deu nem um pio!!! Ficou em casa, quietinha dançando comigo no colo as musiquinhas dela que eu coloco todo dia na hora de brincar.

Enfim! Como babá tudo bem... o problema é que o resto do dia fica tudo muito complicado. Chego na UAB ás 16h mais ou menos, enquanto eu deveria estar ás 15h – 15h30, e nessa hora, meus chefes já não estão mais, aí o trabalho fica meio sem nexo :s

Depois daí, vou pra casa ou fico um pouco mais na UAB pra falar com a minha orientadora ás 19h ou pra fazer o artigo e vou pra casa... chegando em casa, tenho que lavar louça, as vezes tenho q ver as roupas, dar atenção pro Guna, e voltar a fazer o artigo... resultado?! Vou dormir unas 2h – 3h da manha e acordo ás 7h...

Fico muito cansada, e ainda vem o estresssss e o medo de perder a beca da UAB por causa dos atrasos... na quinta que eu tinha que encontrar o pessoal do trabalho em um dos passeios que a gente organiza, eu cheguei super tarde... no caminho já fui chorando pq a pressão de ter que trabalhar nos dois lugares, de ter que fazer artigo/tese, de chegar em casa e ainda ter mais coisa pra fazer... enfim... como se pode ver, a coisa complicou, mas o importante é não desistir.

O doutorado é o objetivo e foi pra isso que eu vim, e não saio daqui sem ele, custe o que custar!!!

Bjos, Ná.

2 comentários:

Anônimo disse...

Força amiga!
Torço por vc, certeza que vc vai tirar de letra todos esses perrengues e se dar super bem no final. Infelizmente a vida não é fácil, mas com certeza vai valer a pena.
Beijinhos
Re

Guna Alexander disse...

Meu anjo,
Quanto mais duro, quanto mais sacrifício, mais valor tem o resultado. Com certeza, vc terá muito que contar à Sophie de como foi sua tese, e de tudo que vc aprendeu. Sei que vc é capaz, forte e está aprendendo a lidar com todas as situações. No final, vc sairá mais fortalecida ainda e os outros "perrengues" da vida serão fichinha. Don't give up! You are a brazilian girl, and the brazilians never give up!